quinta-feira, 7 de maio de 2009

Disneylândia

Antes do horário marcado pai e filho já estavam na porta. O pai, um anão de 1,20 m, garoto de programa. O filho, seu membro de 45 cm, que o pai chamava de Junior. O anão encarava seu trabalho assim mesmo, como se levasse seu pequeno para um passeio. Aliás, foi Junior que, ereto, acabou empurrando a porta, que estava destrancada. O anão e seu membro sorriram feito crianças ao avistar aquele parque de diversões de 1,80 m de extensão. Logo estavam em cima da cama, na entrada do primeiro brinquedo. Dois pés delicados prenderam Junior entre eles e começaram um movimento rápido de sobe e desce. O sangue subiu e o garoto saiu de lá tonto. Mas logo se recuperou para a próxima atração, que era incrível: um tobogã de pernas que terminava dentro do túnel do amor. Junior adorou escorregar e entrar ali. Só saiu porque o pai o chamou para a montanha russa. Que na verdade eram duas e espanholas. O barato não era subir e descer as montanhas, mas ir e voltar encaixado entre elas. Emoções fortes. Junior saiu com dor de cabeça, mas ainda excitado. E assim chegou ao último brinquedo. O mais perigoso de todos: uma gruta viscosa com estalactites por cima e por baixo, que podia se fechar a qualquer instante e esmagar quem ali se aventurasse. Foi muita emoção para o garoto, que vomitou lá dentro e tombou exausto. Fim de passeio. O anão botou seu filho para dormir na cueca. Depois, pegou seus 200 reais no criado mudo e saiu com cara amarrada, escondendo sua felicidade. Porque para ele podia ser pura diversão. Mas para suas clientes, era melhor continuar parecendo um trabalho duro.

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