terça-feira, 26 de maio de 2009

Aqui se paga

Na primeira vez que estacionou o carro naquela vaga, abriu a porta, sentiu um formigamento nas pernas e tocou os pés no chão com dificuldade, como se temesse cãibras. Da segunda vez foi ainda mais difícil, tendo que girar o tronco noventa graus e pousar os pés juntos do lado de fora. O esforço foi ainda maior na terceira vez, quando suspendeu as pernas segurando-as por baixo dos joelhos. E assim gradativamente era cada vez mais penoso sair do carro depois de estacioná-lo ao lado do guichê no piso G1 daquele shopping. Até o dia em que teve que adaptar seu carro, retirando o banco da frente e abrindo espaço para receber uma cadeira de rodas. Foi o preço que pagou por estacionar tantas vezes na mesma vaga para deficientes.

Um comentário: