segunda-feira, 8 de junho de 2009

Do porquê de perder o sono

Antes eu acreditava que uma noite bem dormida tinha que ter no mínimo oito horas. Invejava quem encostava a cabeça em qualquer canto e "apagava" em poucos segundos. Era como uma benção negada aos candidatos a insone como eu. Mas esse tempo passou. Talvez por mudança de metabolismo, talvez por vontade própria, gosto de dormir tarde. E se não acordo cem por cento descansado, vou compensar o deficit de sono no dia ou no final de semana seguinte. Gosto de juntar o final da noite com o comecinho da madrugada, arrumando o tempo livre que não tenho durante o dia. Para ler, conversar, escrever, assistir e refletir. Cidade grande é cruel com quem precisa de um tempo só seu. É muito tempo desperdiçado em trânsito, filas, burocracia e formalismos. Tive que escolher: ou eu, ou o sono. O sono perdeu algumas horas para mim. Porque se a falta de sono é prejudicial a saúde, emendar um dia de trabalho no outro também é. Todo dia preciso quebrar a rotina cama-trabalho-cama. Não com milhões de compromissos sociais, longe disso. É só o tempo de ler, refletir, examinar o dia que passou. Só para manutenção e possível correção de rota. Eu poderia fazer isso durante o dia, mas tem sempre alguém tentando me convencer que cumprir um prazo é a coisa mais importante da vida.

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