segunda-feira, 8 de junho de 2009

Fim de jogo

Há pouco tempo eu reclamava que o natal estava chegando rápido demais. Agora são as copas do mundo: mal acaba uma e já aparece outra na frente. Aliás, não tem parâmetro de passagem de tempo tão cruel como o futebol. Carreiras curtas, ídolos que aparecem e somem da noite para o dia. Quer constatar isso, acompanhe os campeonatos de showbol. Vai sempre ter um jogador que você não imaginava estar aposentando, fazendo partidas de exibição. Aquele que você tinha quase certeza de estar gastando os últimos cartuchos da carreira num time do Catar ou do Casaquistão. Mas não, ele está bem ali naquela quadrinha de grama sintética, vários quilos mais gordo e algumas gramas mais careca. É assustador ver que o craque que há alguns anos arrebentava no seu time, agora parece o seu tio disputando a pelada de casados contra solteiros - bem mais habilidoso, claro. Natural, porque agora sem preocupação de manter a forma, os ex-jogadores caem mesmo na merecida esbórnia. Só que não deixa de ser meio melancólico. "O quê? Aquele craque do meu time que metia pelo menos um gol por partida é o mesmo gordinho que agora dribla fazendo tabela com a parede? Não, você não está enxergando direito. Você está é ficando velho."

Nenhum comentário:

Postar um comentário