sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A arte que nasceu produto


Eu não entendo quase nada de arte, digo, artes plásticas.
Li algumas biografias de pintores e se muito, dei uma passada por alguns museus.
Tenho a impressão de que arte, assim como o jazz, a música clássica e o cinema alternativo, exigem algum tempo para que o apreciador seja fisgado.
Essas manifestações não foram concebidas para gerar mercado de massa, e portanto, não atendem a regrinhas de marketing.
Mas existem artistas que mesmo que a gente não entenda de arte, é bater o olho no trabalho para se encantar. Como se entender de arte, assim como uma estratégia para atrair "consumidores" fossem dispensáveis.
É o caso do Gustav Klimt.
A obra de Gustav Klimt cai tão bem na parede de um respeitado museu como na estampa de uma camiseta. E para quem vê pela primeira vez, não dá para saber para que fim foi concebida, arte mesmo ou arte aplicada.
Há alguns anos eu viajava pela Europa quando sem querer acabei fazendo uma conexão em Viena.
Naquele tempinho que fiquei esperando o vôo, baixou uma vontade grande de dar uma escapada do aeroporto para conhecer a dita "Paris do Leste".
E isso foi motivado não só pelo gene inquieto de andarilho que carrego no sangue, mas principalmente pelas bugigangas à venda no aeroporto que traziam a marca de Klimt.
Camisetas, caixas de chocolate, latinhas de chá, tudo era estampado com aquelas pinturas de inspiração oriental que o mestre se esmerou em reproduzir.
Conhecer a terra natal de um artista diz muito sobre sua obra.
Essa eu fiquei devendo a Klimt.
Mas um dia eu volto.

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