quinta-feira, 30 de abril de 2009

Amor à distância

Heitor adicionara Juliana, que conheceu na balada da noite passada, mas só teve tempo de anotar seu MSN. Ela estava online, oba, pensou ele. Logo mandou um "oi" e ela devolveu um "de onde te conheço?". Explicação dada, ela lembrou do gato. E que gato. Resolveu dar trela. Papo vai, papo vem, mouse pra cima, mouse pra baixo, troca de fotos sensuais, o clima esquentou. A sacanagem rolava solta entre palavrões e baixarias abreviadas. A certa altura, ele até passou um paninho para desembaçar a tela. Já não se aguentando na cadeira, marcaram um encontro dali a meia hora. Estação de metrô pertinho, lado direito do trem. Quem chegar primeiro, espera pelo menos 15 minutos. Ele, de bermuda azul e camiseta vermelha. Ela, de blusinha e minissaia. Tudo lindo. Chegaram ao mesmo tempo, saltando de vagões diferentes.
Se avistaram de longe, foram se aproximando, o sorriso se abrindo a cada passo. Agora, frente a frente, confirmavam a boa impressão da noite passada. Perfeito. Era juntarem os corpos para o malho começar. Mas um, dois, três minutos se passaram e nada. Looping. Travou. Deu pau. Quer dizer, não deu. Até que um luminoso aparece sobre a cabeça dela: "Away". O mesmo "Away" que começa a piscar na dele. De "Away" para o inevitável e triste "Offline".

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