segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Viajar sem sair de casa

A Manhattan de Woody Allen

Sexta eu cruzei com a Fernanda no Genésio e ela me relatou sua viagem recente a Turquia, no caso Istambul e Capadócia. Na Capadócia, ela me conta que fez um passeio de balão sobrevoando o futurista cenário natural de Guerra nas Estrelas. Que inveja, ainda chego lá.
Enquanto isso, vou viajando pelos meios mais baratos que existem: livros, filmes, programas gastronômicos e documentários NatGeo e Discovery.
Graças a esses recursos tenho conseguido conter minha ambição turística, a saudade de aeroporto que me atormenta de vez em sempre.
Na verdade não sei se filmes e livros, ao contrário de saciar, só aguçam ainda mais a vontade de conhecer paisagens, povos, aromas.
Talvez ler Dostoievski, Turguêniev, Tolstoi e conhecer a arte de Chagall e Kandinsky, além das pernas da Maria Sharapova, só aumenta o desejo de me teletransportar para as famosas estações de metrô de Moscou.
Björk me convida para a Islândia, onde dizem existir muito mais do que gelo e a maior concentração de bandas de rock por km2 - é a Brasília da Europa.
Estou carregando nas tintas nos filmes europeus e asiáticos, me vi em Istambul, Tóquio, Belgrado num intervalo de poucos dias.
Pensando melhor, os livros e filmes me livram da falência da ambição de conhecer o mundo inteiro sem ter recursos para tanto.
Obrigado, produtores e editores. Vocês vão continuar sendo os agentes de viagem mais em conta e democráticos para turistas menos abonados.

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