sábado, 16 de janeiro de 2010

Gírias sexuais

O futebol é uma grande fonte de gírias e metáforas da linguagem do nosso dia-a-dia.
Mas não chega perto da contundência das nossas referências sexuais.
Gírias e metáforas sexuais entram - ou penetram - em nossas vidas muito antes da primeira vez.
Uma criança "boca-suja" mal sabe o que isso significa, apenas repete a fala dos adultos e coleguinhas de escola, e acaba achando divertido levar pito por isso.
Mais tarde, talvez por força do hábito - mas eu acredito que pela importância que o sexo tem na vida humana - os termos sexuais se tornam insubstituíveis para dar peso ao que falamos.
Dizer que algo é "fudido" é mais do que ótimo, excelente, fora de série, qualquer adjetivo mais comportado. Um equivalente para isso é o menos usual "do caralho".
No outro sentido, "Tá querendo me fuder?" não é um convite, mas um desabafo de alguém que se sente prejudicado.
"Coitado" quase ninguém se dá conta que vem de "coito", ou seja, o "coitado" está "fudido" e não sabe.
"Nem por um caralho" é quase a impossibilidade total.
Soltar um "puta que o pariu" em alto e bom som é alívio imediato para aquela batida do pé no pé da cama.
E por aí vai, o repertório é extenso e daria mais exemplos não fosse esse cu de memória que eu tenho.
Mas já deu pra perceber - hã, quem deu? - que o palavrão tem lugar cativo no dicionário do dia-a-dia.
Aliás, quando ensinamos palavrões para nossos amigos estrangeiros, nada mais fazemos do que passar para eles o básico para se virar pelas ruas do Brasil afora.
Por que somos mais boca suja do que os outros povos? Tsc, tsc, tsc, what the fuck?

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