segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Passou rápido



Aquele comentário de elevador com o vizinho, sobre o ano que passou rápido, poderia ser apenas um clichê se não fosse uma evidência de como a vida anda acelerada.
Essa virada de ano me fez pensar em como o giro dos ponteiros no relógio se parecem com a gente correndo atrás do próprio rabo.
Queria que meu dia fosse feito de tecido stretch, mas ele anda encolhendo mais rápido que roupa de bebê.
Se mal dá para cumprir as tarefas diárias, as que garantem (?) as necessidades básicas, quem dirá dar conta dos projetos, das fantasias, dos sonhos.
Antigamente o homem queria inventar uma máquina para viajar no tempo.
Eu, que não tenho a menor pressa de viver o futuro nem guardo saudosismo do passado, preferia que inventassem uma máquina para produzir tempo.
Daí abriria provavelmente o negócio mais rentável do mundo.
Duas horas fresquinhas para o executivo passar com o filho? É pra já.
Meia horinha a mais de sono? No capricho, senhora.
Uma hora de siesta? Pra agora ou embrulha?
Façam fila, clientes, e não precisa chiar.
Depois é so comprar uns 15 minutos a mais pra compensar.

2 comentários:

  1. Oi Sato!! Ainda não inventaram a máquina de produzir tempo, mas já inventaram o banco. Outro dia vi uma reportagem que numa cidadezinha da Italia isso já funciona. Achei um link.
    http://pastoral.lasalle.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=231&Itemid=101

    ResponderExcluir
  2. Legal isso, hein? Valeu, Lu, saudades, bjs

    ResponderExcluir