domingo, 13 de setembro de 2009

A não crítica


Tem vezes que a gente assiste a um filme e se emociona, e fica pensando se caiu em armadilha sentimentalista de diretor.
Eu sou assim, meio crítico com quem tenta dar uma rasteira emocional em detrimento de uma história bem construída.
Mas sei lá, pode ser exagero meu querer acusar diretor que usa o apelo emotivo, como se despertar lágrimas fosse defeito de enredo e não qualidade.
Quando vi o filme turco “Do outro lado“, de Fatih Akin, eu fiquei nessa dúvida, porque a história, embora engrandecedora, me parecia inverossímil.
Não achei razoável pessoas ficarem atravessando fronteiras para brigar por causas de amante de pai, de amante de filha, etc.
Esse envolvimento entre pessoas estranhas, em dias em que solidariedade anda meio em falta no mercado, pareceu exagerado, idealizado.
Mas enfim, tenho que lembrar que há gente lutando por objetivos que não são a compra do próximo sapato.
Portanto, desta vez me rendo e fico só com a qualidade da boa história contada pelo Fatih Akin.
Confesso que gostei.

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