terça-feira, 29 de novembro de 2011

Game over


Ah, o fim de ano.
Tempinho esquisito esse.
De repente um cansaço esperado de 11 meses de labuta - e principalmente de projetos que não deram em nada - recaem sobre os seus já sobrecarregados ombros, convidando-o ao ócio da nulidade.
Não sei com você, mas é assim que acontece comigo.
Um estado de letargia chega e sem pedir licença se instala, fazendo água em qualquer tentativa de sprint final.
A essa altura já estou checando as metas e claro, percebendo que nem 50% foram alcançadas.
Ok, posso ter sido muito exigente comigo ou ter superestimado minha capacidade realizadora.
Provavelmente as duas coisas, fazer o quê, meta é meta, não é comprar pão na esquina.
Mais uma vez as horas de dedicação aos novos projetos foram devidamente ocupadas pelas distrações inadiáveis do presente.
O presente que, graças ao aquecimento global e outras ameaças apocalípticas, se assemelha a um sorvete que escorre implacável pelas mãos.
Compreensível.
As conquistas e não conquistas de 2011 foram devidamente comemoradas, espalhadas por um mix de 365 dias de acertos, erros, sonhos e atos pragmáticos.
E agora, bem, agora é curtir as festas de fim de ano e repetir todo aquele ritual bizarro de pular sete ondas, comer lentilha e prometer ser um bom menino.
Ah, quero mais é também comer ceia e arrotar peru, acreditando que 2012, esse sim será o ano da redenção para todos aqueles que como eu, sonham acordados.
Mas vou deixar para pensar isso bem depois.
Ainda há compras de presentes e panetones que nesse fim de ano se incorporam às "metas" e tiram qualquer esperança de ver um último projeto cumprido na bacia das almas.
Paciência.
Fim de ano é como aquela fase adiantada da partida de videogame, onde você se vê com muitos inimigos para matar e poucas vidas sobrando.
Melhor dar um reset.

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