quarta-feira, 15 de julho de 2009

Fidelidade


Quando ela pediu que ele abandonasse seu emprego, porque não tinha nada a ver com ele e os afastava, ele concordou.
Daí ela pediu que eles passassem mais fins de semana na praia, nas cachoeiras, porque estava sentindo falta de contato com a natureza. Ele concordou.
Então ela sugeriu que ele se divertisse mais, que não levasse a vida tão a sério, para o seu próprio bem. Ele assentiu.
Até disse para ele relaxar sua dieta, que se permitisse mais coisinhas saborosas. Ele, claro, adorou a idéia.
Mas cima de tudo, ela pediu que ele fosse fiel, sempre fiel a ela.
Que fosse sempre sincero, íntegro, cúmplice dela.
E que jamais a traísse.
Ele prometeu, sabendo que sem ela sua vida poderia desandar, sair do prumo, pois ela sempre fora seu guia, sua bússola, sua tábua de salvação.
E quando ela disse para ele ir atrás daquela mulher que cruzou seu caminho, e que o fizesse apaixonadamente e com total desapego, ele nem titubeou.
Afinal, a vontade era dela, ela quem mais uma vez mandava ele perseguir seu destino.
E sempre que ele a ouviu, ela, sua alma de criança, deu tudo muito certo.

Um comentário: