Voltando ao assunto cinema, especificamente idolatria, lembrei do dia em que o Roger soube que a atriz Emmanuelle Béart estava em São Paulo para a premiére de um filme.
Ao ler uma notinha tímida de jornal anunciando sua aparição, o Roger não teve dúvidas: tratou de largar mais cedo o serviço, pegou sua câmera em casa e partiu para o local marcado para tietar a atriz.
Ao aportar no Espaço Unibanco à hora marcada, chegou a pensar que errara a data ou o local, pois contrastando com a esperada muvuca de jornalistas e fãs ao longo de um tapete vermelho, encontrou tudo bem vazio, e no lugar de flashes espocando na penumbra, a luz chapada do espaço.
Logo perguntou pela atriz e obteve como resposta um dedo apontado para as mesas do café.
Passeou os olhos pelas mesas e teve que esfregá-los muito para enxergar numa discreta mulher entretida com seu cafézinho, a figura da beldade Emmanuelle.
Mal acreditou naquela simplicidade, na total falta de glamour que não parecia afetar a atriz, decerto acostumada ao reconhecimento parcimonioso do circuito alternativo.
Mas já que estava lá para isso, Roger tratou de abordá-la para algumas fotos, com o consentimento simpático da atriz. Que depois das fotos, voltou ao seu cafézinho à espera da premiére.
Deve ser coisa de francês.
Ou de uma escola de cinema que coloca a arte à frente do estrelato.
Só sei que em tempos de reality show, é legal ver quem ainda prefira o prestígio à fama.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário