Já ouvi de alguns gringos que a nossa língua soa como o francês.
E também que é de difícil compreensão e aprendizado.
Deve ser mesmo, porque o que tem de brasileiro pouco familiarizado com “A última flor do Lácio“ não está escrito.
É só ver pela internet os absurdos escritos por vestibulandos em provas de redação.
Mas voltando aos estrangeiros, imagino o quanto soa estranho algumas palavras em português, e o quanto são complicadas se comparadas, por exemplo, ao inglês.
“Machucado“ sugere algo mais grave do que “hurt“.
“Berinjela" soa legal, mas nada como a simplificação de “eggplant“.
“Penduricalho“ já parece rococó no nome.
“Serpentina“ é tão longa quanto o próprio rolinho de papel.
“Rocambole“ é palavra que se enrola toda.
“Pseudônimo“, não dava para arrumar outro nome para isso?
E os exemplos não acabam.
Isso sem a gente contar os nomes que vem do tupi-guarani, tão complicados quanto sonoros.
Não deve ser tarefa fácil sermos entendidos na língua pátria.
Deve ser por isso que o brasileiro desenvolveu tão bem o sorriso fácil, o batuque, a receptividade e a caipirinha, que tanto agradam os estrangeiros.
Foi a maneira de se comunicar numa linguagem universal que dispensa qualquer regra de gramática.
Aí os gringos vêm, gostam, ficam, e aprendem o português tão rápido que eu fico até com vergonha de ainda falar um inglês tão capenga.
domingo, 23 de agosto de 2009
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