sábado, 9 de janeiro de 2010

Versões

Eu me considero raso em cultura musical.
Transito um pouquinho melhor em literatura, cinema e até arte.
Música é o meu fraco dentro do repertório cultural, mas também é meu fraco no outro sentido.
Quem já não foi consolado, estimulado, sensibilizado ou tocado, por uma música ouvida no lugar, no momento
ou com a pessoa certa?
Mas a música, tal qual todas as outras manifestações da arte, também tem suas limitações.
Embora pareça infinito criar com sete notas, a canção também é um formato que se esgota.
Não fosse assim não teríamos casos de plágio, arranjos e melodias que soam familiares demais para serem originais.
É que tem me acontecido ultimamente, escutando rádio ou prestando atenção em som ambiente de loja, restaurante, elevador e afins.
De repente meus ouvidos captam uma melodia prazerosa e eu me pergunto de quem seria essa novíssima composição.
Até me dar conta de que é mais uma versão de algum clássico ou de um sucesso das paradas dos anos 70, 80, 90.
Tudo bem que as versões cumprem o papel de modernizar arranjos de gravações originais que até podem soar datadas para ouvidos mais exigentes.
Mas que parece oportunismo mercadológico de um momento de aridez criativa, parece.

Nenhum comentário:

Postar um comentário