Neste Natal errei no presente do meu sobrinho João Pedro.
Tô careca de saber que ele adora caminhão, mas sabendo que ele já tem uns 40, quis variar e comprei um daqueles carros de controle remoto cheios de manobras firulentas - na verdade, é como se tivesse comprado para mim.
De nada adiantou aquele aviso de "acima de 8 anos" na lateral da embalagem -O João Pedrinho tem apenas 3 anos. Meu sobrinho nem abriu a caixa, ao contrário do que acontece quando debaixo do papel de embrulho ele encontra um caminhãozinho mequetrefe.
Daí que eu me peguei pensando porque a gente quer que os guris cresçam tão rápido. A gente acha uma gracinha criança falando que nem adulto e eu vira e mexe falo com meu sobrinho de igual para igual como se ele fosse obrigado a entender a mensagem.
Justo eu que sempre reivindiquei poder ser uma criança eterna.
Vejam bem, não me entendam errado. Não estou falando do crianção imaturo que não assume suas responsabilidades - embora as vezes até esse possa ser perdoado.
Tô falando dessa coisa de preservar o espírito brincalhão mesmo, a malfadada criança interior.
Lembra daquele filme "Quero ser grande"?
O rapazinho foi atendido em seu desejo de se tornar adulto para perceber que o mundo dos adultos pode ser tão ou mais infantil do que o universo das crianças. Aliás, o mundo corporativo chega a ser infantilóide em suas disputas de poder e ego - eca!
Resultado: preferiu voltar a infância, onde poderia ser criança de fato e direito, naquela inocência que a vida nos induz a perder.
Taí: prefiro resgatar essa criança do que viver essa criancice que muito adulto por aí acha que é sério.
domingo, 3 de janeiro de 2010
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