sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Vaidade profissional


Qual a profissão número um em matéria de vaidade?
Faço essa pergunta porque já convivo com uma fábrica de egos que é o mercado publicitário. Mas tenho suspeitas de que em outras áreas o festival de "pitis" de prima-donas também não fica muito atrás.
Os médicos, por exemplo. Anos e anos sendo tratados e reverenciados como "doutores" não faz bem a algumas cabecinhas fracas que logo acabam se achando senhores do destino da humanidade. Logo a sobriedade profissional inerente à profissão cede a um complexo de superioridade sem cura.
Não vamos considerar nessa análise atores, pop stars, políticos e jogadores de futebol. Esses são hors concour no quesito ego.
Mas os escritores, dizem por aí, sofrem de uma espécie de vaidade ainda pior, já que nem platéia suficiente têm. Alguém uma vez disse que a diferença entre o jornalismo e a literatura é que o jornalismo é ilegível e a literatura não é lida.
E quanto aos advogados, que posição devem ocupar no panteão da vaidade? Depende da localização geográfica. Nos EUA, onde a lei funciona além da conta, são deuses. Por aqui, fazem gambiarras.
Engenheiros, conheço um pouco. Morei com alguns numa república quando cheguei a São Paulo. Dependendo da grife da faculdade podem até nutrir uma soberba, que se acaba no primeiro emprego, quando encaram a realidade de serem pau pra toda obra.
Enfim, vaidade profissional me parece ilusão.
Como já disseram, pise na sua antes de sair de casa pra trabalhar.

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