quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Masoquismo Futebol Clube



Eu gosto de futebol.
Não é doença congênita,é adquirida por doses homeopáticas de idas a estádios na companhia do meu pai-herói, tentando entender a religião dele e aproveitando para "filar" uns sacos de pipoca e sorvetes.
Esse processo de catequese, se você não bate o pé e desiste na primeira missa, toma conta e de repente você se descobre convertido, unindo-se a milhões de torcedores-sofredores-abduzidos.
Não que eu me orgulhe dessa condição. É que quando se é muito garoto, futebol não é gosto, chega a ser quesito de inclusão social. Pelo menos no meu tempo era, não havia Orkut, Facebook, Fifa Soccer ou outros artifícios para ser aceito.
Mas onde eu queria chegar é a que ponto nos sujeitamos pela fé a um time.
Na segunda passada fui ver o meu jogar em casa pelo campeonato brasileiro.
Sendo véspera de feriado em São Paulo, subestimei a grandeza da cidade e deixei para comprar o ingresso no local do jogo, meia hora antes, supondo ter sido mais do que precavido.
Ledo engano. Peguei uma fila daquelas e só coloquei os pés na arquibancada aos 30 minutos do primeiro tempo.
Para compensar a frustração, me julguei um pé quente daqueles, ao ver meu time marcar dois gols na sequencia e botar números animadores numa tarde nublada zero a zero.
Novo ledo engano. No segundo tempo o escrete volta apático, acomodado, com o perigoso placar "já ganhou" levantando suspeitas de uma tragédia iminente.
Dito e feito, meu time toma três gols e temos que aguentar em silêncio alguns gatos-pingados-torcedores-inimigos pulando feito macacos bem na nossa casa.
Tempo e jogo perdidos.
Malditas pipocas e sorvetes!!!

Um comentário: