Hoje eu fiquei triste pela morte do Armando Nogueira.
E não teria nenhum motivo tão forte para isso, já que nem sou jornalista nem convivi com ele.
Mas achava engraçado aquele senhorzinho falar de futebol como se fosse poesia.
Na verdade o Armando meio que redimia todo cara que se prestava a se sentar no sofá para assistir o repeteco dos gols do se time, zapeando por duas ou três mesas redondas na noite de domingo.
Porque, convenhamos, isso é coisa de retardado, punheteiro.
Mas nas palavras do Armando, com aquele talento invejável de escrever e de expressar, futebol era arte e ponto.
E mesmo quem não gosta de futebol acabava convencido disso com todas as letras, todas as pausas, todas as entonações que o Armando era capaz de colocar em textos sobre o esporte.
segunda-feira, 29 de março de 2010
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