A era da automação trouxe muita praticidade para nossas vidas, mas também um prejuízo.
Tal como máquinas aprendemos a obedecer prontamente a comandos impostos pelas demandas do dia-a-dia.
Ou se você preferir, passamos a viver no automático.
Esse sintoma é facilmente perceptível nas pequenas ações diárias.
Por exemplo, se ao dirigir para o trabalho você dá aquela apagada e quando volta a si, já está na rampa de entrada do
escritório, você está no automático.
Assim como, se ao resolver um problema no trabalho, você recorre de primeira as soluções prontas da sua gavetinha.
Ou se você vai ao mesmo bar encontrar as mesmas pessoas para falar dos mesmos assuntos.
Ou se vai abrindo mão de oportunidades logo que elas aparecem, dando a desculpa de ser muito ocupado.
Enfim, há várias maneiras de viver no automático, todas provindas de uma única postura, a do acomodado.
Ainda bem que, em vez de viver no automático, dá para tentar viver no câmbio manual.
Digo tentar porque não é das tarefas mais fáceis.
Porque se já existem soluções prontas, práticas e óbvias para tudo, quem vai ser o idiota de, por exemplo, ficar inventando um novo caminho para o trabalho?
Ou sem noção para trocar o curso de inglês por um de ucraniano?
Viver no câmbio manual exige atenção constante para trocar de marcha no momento certo, reduzindo de quarta para segunda e depois voltando para a terceira.
Mas essa atenção redobrada é útil, pois é preciso atenção constante para não raspar a caixa de câmbio nem deixar o carro morrer.
Este ano resolvi deixar de lado o piloto automático e retomar o velho e bom câmbio manual.
E fazer tudo que tenho vontade.
Cansa bem mais, mas pelo menos não estou cansado pelo tédio, como no ano passado.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário