Trabalho em publicidade, na área de criação, onde se convencionou atuar em dupla, um diretor de arte, responsável pelos layouts, e um redator, o vulgo ordenador de letrinhas.
Bom, fato é que devido a uma carga horária pra lá de pesada, trabalhar em dupla de criação torna-se um verdadeiro casamento, ou seja, para a relação dar certo é preciso conjungar personalidades, objetivos em comum, etc.
Como em todo grupo de candidatos a achar sua cara metade, os criativos, embora representem uma tribo, também se diferenciam entre si por algumas peculiaridades.
Eu acho que os criativos de propaganda podem ser classificados segundo critérios de mais e menos.
Tem os mais e menos talentosos, mais e menos bem informados, mais e menos descolados, mais e menos premiados, mais e menos desencanados, mais e menos carreiristas, mais e menos apaixonados pela profissão, mais e menos etc.
Uma combinação dessas caraterísticas acaba definindo quem tem mais chance de dar certo com você.
Fiz dupla com diretores de arte com temperamentos, habilidades e objetivos dos mais diferentes.
E de acordo com as circunstâncias, pude aproveitar o que a convivência com cada um deles tinha de melhor.
Antes que algum desses ex-parceiros tire conclusões precipitadas, digo que apreciei trabalhar com todos eles.
Mas vou confessar uma coisa.
Quando a dupla coloca a busca por um trabalho de qualidade acima de tudo - de carreira, dinheiro ou politicagem - é quase inevitável que daí saia coisa boa.
Por isso, se eu pudesse dar um conselho para um profissional de qualquer área, eu diria para procurar e encontrar seus melhores pares profissionais.
Isso na escolha de parceiros, chefes, fornecedores, subordinados.
Porque de fato alguns profissionais são de Marte e outros, de Vênus.
E se vão conviver 8, 10, 12 horas por dia, pelo sucesso da convivência e das carreiras, melhor que as parcerias se formem por habitantes de um mesmo planeta.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
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