segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Monsieur Lazhar

Acabo de assistir "Monsieur Lazhar", um filme pequeno e delicado.
Não é filme memorável, mas também não passou despercebido.
A história acontece numa escola canadense do lado francês, onde uma professora recentemente se suicidou in loco e é substituída por um argelino, que também teve sua família morta em um incêndio criminoso.
A desorientação da turma de alunos da professora suicida encontra no professor recém-chegado um conforto inesperado, visto que este também tenta se adaptar à perda da família, ao mesmo tempo em que postula na justiça a condição de refugiado requerendo asilo político.
O filme, ainda que se passe numa escola de classe alta, me fez pensar na importância que o papel do professor sempre teve na formação de cidadãos.
Me fez entender o quanto o professor também é psicólogo, amigo, segundo pai ou segunda mãe.
E me fez lamentar que nosso sistema de ensino está longe de ser uma Brastemp, aliás, não chega a Dako.
Culpa das políticas que priorizam feitos eleitoreiros, em detrimento de investir na maior riqueza que um país pode ter, que é um povo instruído.
Como resultado, em vez de estarmos brigando pela educação, sustentamos debates sobre a maioridade penal, a pena máxima e outras medidas que sabemos paliativas.
O que resolve mesmo é sala de aula, é trazer as cabecinhas para o bem antes que seja tarde.
E fazê-las se apaixonar pelo conhecimento, pelas artes, até pela educação física.
Dizem que o problema não é a porcentagem do PIB, mas a ingerência de verba que resulta em nosso pífio desempenho educacional.
Acho que é tudo isso e mais o desdém, o deixar de lado, o fazer nas coxas, o tô nem aí.
Está faltando amor na sala de aula, como no filme do professor Lazhar.